2008-10-14

Notamos que estamos velhos quando...

... recebemos mails sobre "o nosso tempo"...


Se cresceste nos anos 90...

- Ainda te lembras de quando valia a pena acordar cedo para ver desenhos animados;
- Sabes de cor a música de pelo menos 4 canções da Disney;
- Fazias aquelas coisinhas de papel para ver com quem é que te ias casare os 'quantos queres?' ;
- Cantavas as musicas das Spice Girls, mas não sabias bem o que é que estavas a dizer;
- Sabias que a Power Ranger cor de rosa e o verde ainda iam acabar juntos;
- Não perdias um episódio do Dragon Ball;
- Tiveste, pelo menos, um Tamagotchi;
- Sabias as músicas dos Onda Choc de cor 'ele é o reiii, eiii, eiii'
- Ainda és do tempo em que a Anabela cantava 'quando cai a noite na cidadeee'...
- Brincavas aos Polly Poquet!
- Ainda te lembras da coreografia da Macarena;
- Gritavas 'Olhós namorados, primos e casados!';
- Choraste quando o Mufasa morreu e, se for preciso, voltas a chorar se voltares a ver o filme outra vez;
- Tururururu Inspector Gadget Tururututu!
- Ainda te lembras de ver a tua mãe ou a tua avó a chorar a ver o 'Ponto de encontro'
- 500 escudos dava para tanta coisa!
- 'Bem-vindos ao mundo encantado dos brinquedos, onde há reis, princesas, dragões!'
- Todas as tuas decisões importantes eram feitas com um 'pim-pu-ne-ta'
- 'Velho' queria dizer qualquer pessoa acima dos 17 anos;
- Conheciass pelo menos uma pessoa que tinha daqueles ténis com luzinhas!
- Quando ias ao cabeleireiro, a tua mão dizia-te que ficavas linda de 'poupa';
- Querias sempre um Push-pop e a tua mãe nunca te queria dar porque ficavas todo a colar!!!
- Levaste pelo menos um sermão por teres colado o teu 'pega-monstros' ao tecto da cozinha;
- Trocavas tazzos e matutolas;
- Vias o Zig-Zag, e o Buereré.
- Vias o Riscos, no canal 2, e sentias-te muito mais crescida.
- Achavas piada ao 'quarto-escuro';
- Respondias aos insultos com 'quem diz é quem é!!'
- Lembras-te de ver os Simpsons e de não perceberes porque é que, sendo desenhos animados, não tinham graça nenhuma;
- Viste o Rei Leão, e os 101 dálmatas.
- Já te apercebeste que já não és uma criança, e que sabe bem recordar os momentos que já passaram...


... e nos emocionamos ao lê-lo. :')

Histórias de independencia

«Evoquei alguns episódios das novelas de rádio, letras de rancheras e outros ingredientes da minha invenção e comecei imediatamente com a história de uma donzela apaixonada por um bandoleiro, um verdadeiro chacal que resolvia até o mais pequeno contratempo com balázios, semeando a região de viúvas e órfãos. A jovem não perdia a esperança de o redimir com a força da sua paixão e a doçura do seu carácter e, assim, enquanto ele andava a fazer as suas patifarias, ela recolhia os próprios órfãos produzidos pelas insaciáveis pistolas do malvado. A sua chegada a casa era como um vento do inferno, entrava aos pontapés nas portas e a disparar para o ar, ela suplicava-lhe de joelhos que se arrependesse das suas crueldades, mas ele gozava com ela dando tremendas gargalhadas que estremeciam as paredes e gelavam o sangue. Que se passa, beleza?, perguntava aos gritos enquanto as crianças aterrorizadas se escondiam no armário. Como estão os miúdos?, e abria a porta do móvel para os puxar pelas orelhas e tirar-lhes as medidas. Ora aí está!, estou a ver que estão muito crescidos, mas não te preocupes, que num abrir e fechar de olhos vou à aldeia e faço-te outros órfãozinhos para a tua colecção. E assim decorreram os anos e foram aumentando as bocas para alimentar, até que um dia a noiva, cansada de tanto abuso, compreendeu a inutilidade de continuar à espera da redenção do bandido e sacudiu a bondade. Fez uma permanente, comprou um vestido vermelho e transformou a casa num lugar de festa e divertimento, onde se podiam comer os mais saborosos gelados e o melhor leite com malte, fazer toda a espécie de jogos, dançar e cantar. As crianças divertiam-se muito a atender a clientela, acabaram-se as penúrias e misérias e a mulher estava tão contente, que esqueceu as desgraças de antigamente. As coisas corriam muito bem; mas os falatórios chegaram aos ouvidos do chacal e uma noite apareceu como de costume, batendo nas portas, disparando para o tecto e perguntando pelas crianças. Teve uma surpresa. Ninguém tremeu na sua presença, ninguém foi a correr para o armário, a jovem não se atirou aos seus pés a implorar compaixão. Todos continuaram alegremente nas suas ocupações, uns a servir gelados, outros a tocar bateria e tambores e ela a dançar o mambo em cima de uma mesa com um espalhafatoso chapéu decorado com frutas tropicais. Então o bandido, furioso e humilhado, partiu com as suas pistolas em busca de outra noiva que tivesse medo dele e, vitória, vitória, acabou-se a história.»

Em Eva Luna, Isabel Allende




Adeus Amor (Bye, Bye) - Clã

Adeus amor que cresci
Já pouco me tens a dizer
Já bebi tudo de ti
Que de bom tinha a beber

Adeus amor, vou embora
Não me impeças por favor
Sabes que só vou agora
Porque dei tempo ao amor

Não suporto o teu modo
Carinhoso e paternal
No tom de quem sabe tudo
Sem saber o essencial

Adeus amor já me cansa
A canção do teu cinismo
Essa pose de quem dança
Sempre à beira do abismo

Adeus amor que cresci
Pouco me tens a dizer
Já bebi tudo de ti
E há mais mundo a beber

Não suporto o teu modo
Carinhoso e paternal
No tom de quem sabe tudo
Sem saber o essencial

Arctic Monkeys - Old Yellow Bricks


Rota de colisãO

Lá, entre o Sol e o Si